Desde criança eu sempre gostei de cozinhar. Era a única parte das chamadas tarefas domésticas que me agradavam. Desde novinha aprendi a fazer bolos, tortas, refogados, etc.
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Aconteceu que com a idade os compromissos foram crescendo, o tempo foi requerendo cada vez mais gerenciamento e eu praticamente abandonei a gastronomia por alguns anos. Ou muitos talvez. A famosa falta de tempo, um dia ainda falo sobre ela, sempre foi usada como justicativa para me afastar da cozinha.
Realmente não é fácil. Cozinhar toma tempo e dá trabalho. É preciso quebrar a enorme barreira da preguiça que torna sempre mais atrativo fazer um pedido no Habibs ou na Pizzaria do bairro. E, além disso, tem-se que gerenciar o tempo de modo que se consiga dedicar parte dele à cozinha.
Recentemente estou conseguindo quebrar a barreira inicial e a sementinha que estava adormecida há anos está germinando. Estou descobrindo o quanto gosto de gastronomia e estou realmente entusiasmada com o assunto.
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Estou lendo a respeito, fazendo experiências gastronômicas, cozinhando numa base quase que diária (pedidos no Habibs são parte do passado), e estou muito feliz fazendo isso. Estou redescobrindo o prazer de cozinhar. 🙂
Ainda tenho anos luz de aprendizado e experiências. Mas em minhas leituras já descobri livros que pretendo comprar, acessórios de cozinha como panelas especiais e de qualidade, batedeira semi-profissional, processador de alimentos, etc. Mas, claro, irei com muita calma com isso tudo.
A minha primeira aventura foi aprender a fazer pão. Decidi começar por um integral que eu e o Dani adoramos. As duas primeiras tentativas foram um fracasso total, os pães não passaram no teste do segundo dia e lá se foram os ingredientes investidos. Enfim, tudo é aprendizado.
Eis que na minha terceira tentativa, decidi pesquisar um pouco mais. Conversei com a Jane que trabalha para mim e me deu algumas dicas, com a Ju, minha cunhada, com minha mãe e extraindo um pouco das dicas de cada uma delas e adaptando uma receita de pão que a Ju me passou, consegui fazer um pão integral que já está no seu terceiro dia e continua delicioso. 🙂
A dica final no preparo deste pão veio de um blog que descobri por acaso no google, sobre gastronomia, o “La Cucinetta“, que gostei muito e até assinei, onde a autora explicava a técnica de sovar e dobrar o pão após a massa ter crescido.
Essa técnica a autora tirou do livro Professional Baking, que já foi parar na minha lista de desejos. Li essa dica quando minha massa ainda estava crescendo e decidi aplicar a técnica. Essa mesma técnica me lembrou da dica que a Aline havia me dado sobre como a mãe dela, a Dona Bete, fazia seus pães. Ainda preciso aprimorá-la, mas ela já funcionou. Foi o máximo, o pão ficou com cara de pão e foi um sucesso! 🙂
Segue abaixo a receita do pão integral bem sucedido. A receita indicada contém as quantidades estimadas de farinha baseado nas adições que fiz à massa, pois eu havia começado com uma quantidade menor de farinha que não foi suficiente para atingir o ponto da massa.
Pão integral
Ingredientes:
- 2 xícaras de farinha de trigo branca
- 2 xícaras de farinha de trigo integral
- 2 xícaras de farinha de centeio
- 1 xícara de aveia em flocos
- 1/2 xícara de linhaça
- 1 colher (sopa) de sal
- 1 colher (sopa) de açúcar
- 15 g de fermento biológico (1 tablete)
- 1 colher (sopa) de mel
- 2 ovos
- 1/2 xícara de óleo
- 1 1/2 xícara de água morna
Modo de preparo
1 – O fermento
Colocar o tablete de fermento com o açúcar numa vasilha pequena. Misturar o fermento com o açúcar até dissolver. Adicionar 1 colher (sobremesa) de farinha de trigo branca e 1/4 de xícara da água morna. Misturar tudo, tampar com um pano de prato e esperar fermentar. Vai formar algo como uma esponja.
O tempo de fermentação pode variar de acordo com a temperatura ambiente. Num dia de verão em cerca de 15 a 20 minutos já se pode ter uma esponja formada e em dias de inverno pode levar 1 hora. Se passar de 1 hora e nada tiver acontecido é porque provavelmente o fermento não está bom. Neste caso é melhor nem arriscar os demais ingredientes.
2 – Os ingredientes secos
Misturar bem todas as farinhas e o sal numa vasilha grande e fazer um buraco no meio.
3 – Os ingredientes líquidos
Bater no liquidificador:
ovos
mel
óleo
água morna
4 – Preparando a massa
No buraco que se deixou no meio da farinha despejar o fermento. Eu despejei apenas a parte que espumou, deixando de lado um líquido que ficou no fundo.1 Por cima do fermento, despeje um pouco da mistura líquida do liquidificador e vá misturando com as farinhas. Vá despejando aos poucos a mistura líquida e incorporando à massa.
Misture bem todos os ingredientes até atingir o ponto de desgrudar das mãos. Se necessário adicione aos poucos mais farinha para atingir o ponto.
Dica: Não deixe a massa muito seca. Tome muito cuidado ao adicionar a farinha, caso necessário, adicione-a bem lentamente.
Após feito isso, tampe a vasilha com um pano de prato e deixe crescer por cerca de 02 horas.
Após a massa ter crescido, coloque ela sobre uma superfície enfarinhada e sove a massa por alguns minutos. Após sovar, abra a massa formando um retângulo. Divida mentalmente em três partes e dobre uma sobre a outra, conforme imagem abaixo. Após dobrar, no outro sentido enrole a massa como um rocambole e coloque na forma com a junta da massa voltada para o fundo da forma.
Feito isso, deixe o pão descansar por 30 minutos. Enquanto isso, pré-aqueça o forno a 205oC. Para quem não tem temperatura no forno, creio que seja médio pra baixo.Após o forno aquecido, asse por 01 hora.
Acompanhe o pão no forno após 30 minutos, caso ele asse em menos tempo. Eu ainda tenho dificuldade para identificar quando o pão está assado. Então, sugiro confiar na sua intuição. No La Cucinetta, a autora ensina a bater na massa com os nós dos dedos até sair um som oco, indicando que o pão está assado. Eu ainda não tentei fazer isso.
Pronto! Após assado, é só desenformar e se deliciar! Com manteiga, requeijão e mel fica excelente. O mel é meu acompanhamento favorito para o pão integral.
1 – Não tenho certeza se isso é necessário, mas como o pão anterior havia ficado amargo possivelmente devido a fermento em excesso, fui bem cautelosa com a quantidade de fermento neste pão. No entanto, é importante que o pão tenha fermento o suficiente.
claro, junte uma canceriana com uma pitada a mais de organização e determinação: sucesso gastronomico!
Eu já sabia que tinha mão boa para culinária, mas esse pão ficou demais!
Ju e Ida, obrigada pelo apoio e incentivo! 🙂
Estou descobrindo seu blog agora, por isso não ligue se eu enviar alguns comentários/perguntas meio que “freqüentes”. Procurarei não passar dos limites…
a pergunta é (também gosto de pães): Será que aquela máquina de fazer pão também faria pães bonitos e bons como o seu (da foto)?
Chrystiane.
Olá Carla, gostei da sua iniciativa de fazer um blog, eu quero fazer também, mas não tive tempo ainda, pois, como você mesmo disse, a cozinha demanda tempo e garra…hehehe
Minha história é bem parecida com a sua: desde pequena acompanho minha vó e minha mãe nas suas experiências gastronõmicas e a acabei adorandoa arte de cozinhar, mas acabei fazendo geografia e me distanciei do meu dom, agora, depois de formada, resolvi cursar gastronomia e abrir um negócio, por enquanto, estou fazendo brownies e trufas e vendendo no meu trabalho mesmo(IBGE-Fortaleza/CE), mas espero crescer muito futuramnete!
Já fiz um Pão recheado, ainda bem que deu certo de primeira, porque eu não ia ter grana para comprar mais materiais..hehehehe. Adorei a receita de pão integral e a de streudel, adoro!!!
Oi Stefanie,
Te desejo muito sucesso! 🙂 Quando criar seu blog me avise.
Abraço,